Ultrapassado? Veja como o rádio impactou a evangelização no Brasil e superou o tempo
- Categoria: Geral
- Publicação: 27/09/2025 11:26
A trajetória do rádio evangélico no país remonta ao século XX. Segundo André Castilho, diretor de produção da Rádio Trans Mundial (RTM), as primeiras transmissões religiosas ocorreram em 1929, com um culto da missão luterana pela Rádio Clube do Brasil. Em 1943, a Igreja Adventista inaugurou o programa “A Voz da Profecia”, que se tornou referência nacional.
Esnau Filho, supervisor da Rede de Rádios Novo Tempo, destacou a capilaridade do meio. “Muitas cidades do interior só conheceram o evangelho por meio das ondas do rádio, criando laços de identidade espiritual que permanecem até hoje”, afirmou.
Com a evolução tecnológica, as emissoras adaptaram-se às novas plataformas. Josias Júnior, gerente de comunicação da Igreja Cristã Maranata, observou que a Rádio Maanaim nasceu 100% digital, utilizando redes sociais e aplicativos. “O rádio já não está preso às ondas: ele alcança os quatro cantos da terra”, declarou.
Castilho concorda, celebrando a vitória do rádio sobre o tempo. “Essa integração com novas plataformas nos permitiu alcançar públicos que antes não eram atingidos pelo rádio tradicional, mantendo vivo nosso propósito de levar a mensagem do evangelho a cada vez mais pessoas”, afirmou.
Impacto social
O radialista Edinho Lima, com três décadas de experiência, relatou um caso emblemático ocorrido em Vitória (ES). “Um ouvinte decidido a cometer suicídio sintonizou por acaso nossa programação. A mensagem fez com que desistisse da ideia e procurasse uma igreja no mesmo dia”, contou.
Para André Castilho, da RTM, o rádio mantém características únicas: “É uma linguagem simples e direta, que educa, informa, entretém e transmite a mensagem de forma eficaz”. A emissora, que iniciou com fitas enviadas por navio ao Caribe, hoje possui transmissão em múltiplas plataformas digitais.
Segundo Esnau Filho, a renovação é fundamental para dialogar com novas gerações. “Investimos em podcasts, transmissões ao vivo e integração com redes sociais. O rádio hoje é multiplataforma”, explicou.
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